As malformações arteriovenosas são conexões diretas entre as artérias e veias cerebrais sem um leito capilar interposto entre elas (pequenos microvasos que nutrem o cérebro) formando um enovelado de vasos malformados, denominado nidus.
Por não haver esses capilares, o sangue passa da artéria para veia em um regime de alta pressão e fluxo. Esta situação é responsável pelos principais sintomas:
✔️Hemorragia cerebral/ AVCh (40-50%);
✔️Convulsões (30%);
✔️Sintoma neurológica (Fraqueza muscular/motora, alteração sensitiva, dificuldade na fala etc);
✔️Sem sintomas (15% – Achado ocasional);
Dentro deste contexto é importante frisar que o risco cumulativo de uma MAV romper e se apresentar com uma hemorragia cerebral é de 2,3% ao ano.
O diagnóstico de MAV cerebral deve ser feito através de uma ressonância de encéfalo earteriografia cerebral – padrão ouro.
Atualmente a base do tratamento está sedimentada em três pilares:
- ⏩Microcirurgia: onde resseca-se o nidus malformativo e “fecha-se” as artérias e veias que enchiam-o de sangue.
- ⏩Embolização endovascular: através de um microcateterismo cerebral, utiliza-se um agente embolizante líquido que é injetado através da artéria ou veia em direção à MAV, a fim de preencher o nidus malformativo e acabar com a circulação de sangue na lesão;
- ⏩Radiocirurgia: Altas doses de radiação direcionada são utilizadas diretamente na MAV com objetivo de esclerosar os vasos e levar à trombose da lesão.