TROMBOSE VENOSA CEREBRAL

Normalmente, o sangue é transportado através das artérias para o cérebro, onde fornece oxigênio e nutrientes. Uma vez que o sangue tenha feito o seu trabalho, ele é coletado em pequenas veias cerebrais, que drenam para grandes veias, chamados seios durais (Figura 1).

A obstrução deste fluxo sangüíneo através de um coágulo nas veias da cabeça leva a um aumento da pressão sangüínea nos vasos sanguíneos imediatamente antes da obstrução. O aumento da pressão leva ao inchaço de parte do cérebro, o que resulta em dores de cabeça; a pressão pode danificar o tecido cerebral, levando a sintomas semelhantes a um derrame (figura 2) e finalmente levar à ruptura do vaso sanguíneo e ao sangramento no cérebro (Figura 3).

O sintoma mais comum é uma dor de cabeça intensa, mas também pode ocorrer náuseas e vômitos, visão embaçada e déficits neurológicos (ou seja, semelhante a um acidente vascular cerebral). Quando muito grave, pode evoluir para coma e até morte.

As causas estão divididas em fatores de riscos: (1) temporários e (2) permanentes (herdados). Em recém-nascidos, a causa mais comum do coágulo é uma infecção. Em adultos, incluem distúrbios de coagulação (como trombofilias), uso de pílulas anticoncepcionais, adesivos e terapia de reposição de estrogênio, gravidez e pós-parto, câncer ativo e certos medicamentos (como tamoxifeno e quimioterapia).

O diagnóstico pode ser feito através de AngioRessonância (Figura 4), angioTomografia ou Angiografia cerebral, onde é possível o trombo dentro da veia acometida, por falha no preenchimento de contraste.

O tratamento imediato consiste na administração de “afinadores do sangue” (conhecidos como anticoagulantes). Nos primeiros dias, é utilizado heparina intravenosa ou injeções sob a pele (subcutaneamente). O objetivo de administrar anticoagulantes é evitar que o coágulo existente aumente e que novos coágulos se formem. O próprio corpo irá dissolver o coágulo, lentamente, ao longo de semanas e meses.

Drogas que quebram o coágulo (conhecidas como drogas fibrolíticas) geralmente não são administradas, porque podem aumentar o risco de sangramento no cérebro.

Procedimentos radiológicos ou cirúrgicos com cateteres para romper e extrair o coágulo (chamado trombectomia mecânica) são feitos apenas em casos graves e em pacientes que pioram apesar da terapia adequada de fluidificação do sangue.

Uma vez que o paciente esteja estável por alguns dias, um anticoagulante oral do sangue é iniciado.

Neste momento a maior questão é o tempo de tratamento com este medicamento: Se o coágulo ocorreu devido a um fator de risco temporário (como uma infecção ou uso de anticoncepcional), o uso por 3 a 6 meses é suficiente.

Se o fator de risco é herdado, com as trombofilias, a terapia a longo prazo é preferida.

Quase 80% dos pacientes se recuperam totalmente, mas pode levar várias semanas ou meses para voltar ao normal. Dores de cabeça e convulsões podem persistir por algum tempo e tornarem-se crônicas.

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